Taxas dos DIs fecham próximas da estabilidade à espera de dado de inflação nos EUA

Publicado 23.10.2025, 16:52
Atualizado 23.10.2025, 16:56
© Reuters.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira próximas da estabilidade no Brasil, com investidores à espera de dados de inflação dos EUA e sem mostrar reação a declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tampouco aos dados da arrecadação federal de setembro.

Com o mercado à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), na sexta-feira, os rendimentos dos Treasuries subiram no exterior, mas o movimento também não conduziu mudanças significativas na curva brasileira.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,155%, ante o ajuste de 13,19% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,605%, ante o ajuste de 13,608%.

Durante visita à Indonésia, Lula disse que disputará a reeleição no ano que vem, em busca de um quarto mandato na Presidência. Em outro momento, em discurso durante Fórum Empresarial Indonésia-Brasil, ele fez críticas ao "receituário neoliberal" e disse que não pretende reproduzir no Brasil a condição de mero exportador de commodities.

No mesmo evento, Galípolo afirmou que a autoridade monetária está "bastante incomodada" com a inflação e as expectativas de inflação fora da meta, embora esteja havendo um processo de desinflação.

Ele reforçou ainda a ideia de que a Selic, hoje em 15% ao ano, seguirá restritiva por um período prolongado para conter a inflação. Ao mesmo tempo, não fez previsões sobre quando a inflação poderá atingir a meta de 3% perseguida pelo BC.

No Brasil, a Receita Federal informou que a arrecadação do governo federal teve alta real de 1,43% em setembro sobre o mesmo mês de 2024, somando R$216,727 bilhões, revertendo o resultado negativo de agosto. Um dos destaques foi o avanço do recolhimento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 33,42% no período, para R$8,455 bilhões.

"Este crescimento é explicado pelas alterações que foram promovidas por meio do decreto 12.499 de 2025", pontuou o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, em referência a decreto publicado em junho pelo governo que alterava a cobrança do imposto em uma série de operações de câmbio, crédito e previdência privada.

Apesar das declarações de Lula e Galípolo e do resultado positivo da arrecadação, as taxas dos DIs oscilaram durante todo o dia muito próximas dos ajustes anteriores, em uma sessão em que o dólar também pouco variou ante o real.

Profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que a expectativa antes da divulgação do CPI nos EUA, na sexta-feira, manteve o mercado engessado.

Perto do fechamento da sessão a curva precificava em 99% a probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de novembro.

No exterior, às 16h37, o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 5 pontos-base, a 4,001%.

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