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Terremoto no Equador mata ao menos 246 e devasta região costeira

Publicado 17.04.2016, 20:51
© Reuters. Bombeiro caminha em meio aos destroços após terremoto atingir o Equador

Por Guillermo Granja

MANTA, Equador (Reuters) - O número de mortos do maior terremoto no Equador em décadas subiu para ao menos 246 neste domingo, enquanto equipes de resgate usam tratores e suas próprias mãos em uma busca desesperada por sobreviventes nas cidades costeiras atingidas pela tragédia.

O terremoto de magnitude 7,8 atingiu a costa do Pacífico no sábado e foi sentido em todo o país andino de 16 milhões de pessoas, causando pânico em locais tão distantes como a capital Quito e danificando edifícios e estradas em diversas cidades.

O presidente Rafael Correa, que voltou o mais rápido que pôde de uma viagem à Itália, disse via Twitter: "A prioridade imediata é resgatar as pessoas sob os escombros".

"Tudo pode ser reconstruído, mas a vida não pode ser recuperada e isso é o que dói mais", disse Correa à rádio estatal.

O vice-presidente Jorge Glas visitou a zona do terremoto e disse que 246 morreram e cerca de 2.527 pessoas ficaram feridas.

Áreas litorâneas no noroeste do país mais próximas ao terremoto foram as mais afetadas, incluindo Pedernales, uma estância turística com praias e palmeiras.

"Há pessoas presas em vários locais e estamos começando as operações de resgate", disse o vice-presidente Jorge Glas na manhã deste domingo antes de embarcar em um avião para a área.

Seis províncias declararam estado de emergência.

"Há vilarejos que estão completamente devastados", disse em entrevista a uma rádio o prefeito de Pedernales, Gabriel Alcivar, acrescentando que "dezenas e dezenas" morreram na região. "O que aconteceu aqui em Pedernales é catastrófico".

DESTRUIÇÃO EM PEDERNALES

Segundo as autoridades, ocorreram 163 tremores secundários, principalmente na área de Pedernales.

Uma foto que circula pelas mídias sociais que sugere ser da entrada de Pedernales mostra uma estrada destruída, com um carro esmagado no meio da imagem e pessoas de pé observando.

Imagens de Pedernales feitas pela emissora local Televicentro mostram moradores usando um pequeno trator para remover os escombros e também usando as próprias mãos em buscas por desaparecidos. Mulheres choravam após um corpo ser retirado. Segundo moradores locais, crianças estariam presas sob escombros.

Um homem implorava por ajuda: “Pedernales está destruída”.

Em Guayaquil, a maior cidade do Equador, destroços enchiam as ruas e uma ponte caiu sobre um carro.

"Foi aterrorizante, estávamos todos apavorados e ainda estamos nas ruas porque estamos com medo de novos tremores", disse o segurança Fernando Garcia, em Guayaquil.

Cerca de 13.500 homens da força de segurança foram mobilizados para manter a ordem em todo o do Equador e 600 milhões de dólares em crédito de credores multilaterais foram imediatamente acionados para a emergência, segundo o governo.

De acordo com o governo, este é o pior terremoto no país desde 1979. Naquele ano, 600 pessoas foram mortas e 20 mil ficaram feridas, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Entre a ajuda internacional, Venezuela, Chile e México enviaram pessoal e suprimentos, de acordo com o governo equatoriano. A Cruz Vermelha equatoriana mobilizou mais de 800 voluntários e a entidade Médicos Sem Fronteiras disse que estava enviando um time da Colômbia.

Um alerta de tsunami foi suspenso no sábado à noite, mas moradores de áreas costeiras foram orientados a procurar terrenos mais elevados em caso de ondas gigantes.

© Reuters. Bombeiro caminha em meio aos destroços após terremoto atingir o Equador

O Equador, membro da Opep, afirmou que a produção de petróleo não foi afetada, mas a refinaria de Esmeraldas, próxima ao epicentro, teria sido fechada por precaução.

O terremoto no Equador ocorreu logo após dois grandes e letais terremotos que atingiram o Japão desde quinta-feira. Ambos os países estão localizados no “Anel de Fogo”, região sismicamente ativa que circunda o Pacífico, mas de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos não há relação entre terremotos dessa magnitude separados por uma distância tão grande.

(Reportagem adicional de Alexandra Valencia e Cristina Munoz em Quito, Yuri Garcia em Guayaquil e Peter Graff em Londres)

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