JOHANNESBURGO, 13 Jul (Reuters) - O sindicato dos metalúrgicos da África do Sul NUMSA rejeitou a última oferta dos empregadores do setor de aço, no domingo, dizendo que os trabalhadores negros ainda eram mal pagos, e ameaçaram ampliar sua greve que já dura duas semanas.
A ação que envolve 220.000 membros do NUMSA, que se seguiu na esteira de uma greve de cinco meses no setor de platina, já forçou a General Motors a fechar sua fábrica de montagem no sul da cidade de Port Elizabeth.
Outras empresas afetadas são as empresas de construção Murray & Roberts e Aveng, que estão trabalhando na construção de duas grandes usinas de geração de energia para a empresa estatal Eskom.
O NUMSA está exigindo um aumento salarial anual de 12 a 15 por cento para os seus membros e, no domingo, rejeitou a última oferta dos empregadores de um aumento de 10 por cento este ano, 9,5 por cento em 2015 e 9 por cento no ano seguinte.
Irvin Jim, secretário-geral da União Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul, disse que o NUMSA não aceitaria nada menos do que 10 por cento de aumento anual em três anos, no mínimo. "Apesar de estarmos plenamente conscientes do estado da indústria nos setores de metais e de engenharia também estamos muito bem conscientes das condições miseráveis de vida da maioria da classe trabalhadora negra e africana, que ... sobrevive com salários extremamente baixos, e de inspiração colonial e racista", disse Jim a repórteres.
(Por Stella Mapenzauswa)