HAMBURGO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu no sábado um fundo de 639 milhões de dólares para programas humanitários, incluindo 331 milhões de dólares para ajudar a alimentar pessoas em quatro países atingidos pela fome: Somália, Sudão do Sul, Nigéria e Iêmen.
A promessa de Trump ocorreu durante uma sessão de trabalho da reunião de líderes mundiais do G20, em Hamburgo, fornecendo uma ajuda ao programa mundial de alimento da ONU, disse à Reuters o diretor executivo do grupo, David Beasley, paralelamente ao encontro.
"Estamos enfrentando a pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial", disse Beasley, um republicano e ex-governador da Carolina do Sul, que foi nomeado por Trump para liderar a maior agência humanitária mundial lutando contra a fome em todo o globo.
Ele disse que o financiamento adicional era cerca de um terço do que a agência estimava necessário este ano para lidar com necessidades alimentares urgentes nos quatro países que enfrentam a fome e em outras áreas.
O órgão estima que 109 milhões de pessoas em todo o mundo precisarão de assistência alimentar este ano, acima das 80 milhões no ano passado, com 10 das 13 zonas mais afetadas decorrentes de guerras e crises "causadas pelo homem", disse Beasley.
"Nós estimamos que se não recebêssemos o financiamento necessário imediatamente, de 400 mil a 600 mil crianças estariam morrendo nos próximos quatro meses", disse ele.
Beasley disse que a agência trabalhou duro com a Casa Branca e o governo dos EUA para garantir o financiamento, mas Trump insistia que outros países também contribuíram com mais.
Um porta-voz do programa da ONU disse que a Alemanha recentemente prometeu outros 200 milhões de euros para alívio da fome.