O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (21.nov.2023) que 2,2 milhões de pessoas negociaram suas dívidas usando a plataforma do programa Desenrola Brasil, lançada no último mês. Interessados em renegociar dívidas pelo software devem ter cadastro no gov.br, que dá acesso aos serviços digitais do governo.
“Temos 2,2 milhões de brasileiros que conseguiram negociar na plataforma. No total são 7 milhões [considerando as outras fases do programa]”, disse Haddad durante o “Conversa com o Presidente”, transmissão semanal publicada nas redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As outras 4 milhões de pessoas que já foram atendidas, segundo Haddad, negociaram suas dívidas diretamente com as instituições financeiras. As condições especiais de negociações do Desenrola permitem descontos médios nas dívidas de 83%.
A partir desta semana, o programa começa a oferecer o parcelamento para dívidas de até R$ 20.000. O limite anterior era de R$ 5.000. Se enquadram, dívidas negativadas de 2019 a 2022. Poderá participar quem ganha até 2 salários mínimos.
Na próxima 4ª feira (22.nov), o governo fará um mutirão para incentivar renegociações antes do final do ano. Batizada de “Dia D – Mutirão Desenrola”, a ação será feita com bancos e outros credores para ampliar o alcance do projeto.
Como parte do Desenrola, os principais bancos realizaram a retirada automática de 10 milhões de registros de dívidas até R$ 100 dos cadastros de inadimplentes.
Incentivo
Lula incentivou os brasileiros a participarem do programa. Também disse que nunca usou cartão de crédito por medo do endividamento.
“Eu tinha vontade de comprar, isso nos anos 80, 85, uma caixa de charuto. Eu nunca pude comprar, era muito caro. E uma vez eu tinha um cartão de crédito do PT, eu fui para a Suécia. Chegando lá, como eu não tinha que por dinheiro, era só um cartão, eu comprei. Eu comprei com o dólar 1 por 1 e quando eu voltei o dólar já estava 4 por 1, então eu tomei na cabeça. Então peguei medo do cartão de crédito e muita gente se endivida porque não se controla”.