Washington, 11 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou nesta quarta-feira as redes sociais para tentar apaziguar os ânimos do setor agrícola do país, um dos que podem ser mais seriamente afetados pela guerra comercial com a China.
"Estou em Bruxelas, mas sempre pensando em nossos fazendeiros. A (venda de) soja caiu 50% entre 2012 e minha eleição. Os fazendeiros vêm levando a pior em 15 anos", escreveu Trump, sem citar fontes, em seu perfil pessoal no Twitter.
O presidente atribuiu esse desempenho ruim às "barreiras comerciais e tarifárias" de outros países, que, segundo ele, "vêm destruindo" o agronegócio nos Estados Unidos.
"Abrirei as coisas (em referência aos mercados estrangeiros), muito mais do que jamais estiveram, mas as coisas não podem ser precipitadas. Estou lutando para estabelecer um cenário mais justo para nossos fazendeiros, e venceremos!", garantiu Trump.
As declarações chegam horas depois que Washington estabeleceu uma segunda bateria de sanções contra Pequim, como represália à resposta chinesa a um primeiro pacote de encargos de US$ 50 bilhões, aos quais Pequim respondeu com medidas idênticas.
A resposta do governo chinês incluía a imposição de tarifas de 25% a 545 produtos americanos no valor de US$ 34 bilhões, a maioria deles agrícolas (sobretudo soja) e produtos de consumo como automóveis e uísque.
Trump já avisou Pequim que estabeleceria novas tarifas no valor de US$ 200 bilhões em caso de represálias, como fez na terça-feira, e também ameaçou com um eventual terceiro pacote de encargos de US$ 300 bilhões se o gigante asiático voltar a responder.