Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Européia definiu na terça-feira um plano de 10 pontos para relações econômicas mais equilibradas com a China, pedindo aos líderes da União Europeia apoio à iniciativa que busca conter empresas estatais chinesas e aumentar a proteção contra ameaças à segurança cibernética.
O plano de ação marca uma mudança na posição do bloco em relação ao seu principal parceiro comercial e será colocado para apreciação pelos líderes da UE na próxima cúpula em Bruxelas, marcada para 21 e 22 de março, antes da cúpula UE-China, em 9 de abril.
A Comissão, órgão executivo da UE, disse que a União Européia deve cooperar mais com a China em áreas como mudança climática e paz, mas também deve pressionar por uma relação econômica mais recíproca e tomar medidas para proteger sua indústria.
A União Européia compartilha muitas das preocupações dos Estados Unidos com as distorções do mercado chinês, excesso de capacidade produtiva e transferência de tecnologia. Mas evitou tomar partido em uma guerra comercial multibilionária entre Washington e Pequim.
O órgão executivo da UE acredita que grupos chineses interessados contratos públicos da UE devem atender aos altos padrões trabalhistas e ambientais do bloco e querem adaptar a legislação da UE para limitar as empresas estatais e os subsídios estatais no mercado comum.
A Comissão também acredita que os países da UE devem encontrar uma linha comum sobre a segurança das redes de telecomunicações 5G planejadas.
A China é a maior fonte de importações da UE e seu segundo maior mercado de exportação depois dos Estados Unidos, com o comércio entre os dois movimentando mais de 1 bilhão de dólares por dia. O superávit comercial da China em bens com a União Européia foi de 200,4 bilhões de dólares em 2017.