Por Renee Maltezou
ATENAS (Reuters) - A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), credores da Grécia, pediram para Atenas se comprometer a vender ativos estatais, impor cortes de pensões e avançar com as reformas trabalhistas, afirmaram à Reuters duas fontes familiarizadas com o plano nesta quinta-feira, demandas que excedem os limites do governo grego.
Se a Grécia aceitasse o plano, os credores teriam como objetivo desbloquear 10,9 bilhões de euros em fundos bancários de resgate não utilizados que foram devolvidos ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Isto permitiria à Grécia cobrir as suas necessidades financeiras em julho e agosto, afirmaram as fontes.
Em uma proposta de cinco páginas apresentada ao premiê grego, Alexis Tsipras, em Bruxelas, na quarta-feira, os credores pediram a Atenas para reduzir os gastos com pensões em 1 por cento do produto interno bruto e prometer não reverter as reformas estabelecidas, disseram as fontes.
Eles também exigiram que o governo grego levantasse 1,8 bilhão de euros - ou 1 por cento do PIB -, aumentando o imposto sobre valor agregado para 11 por cento para itens incluindo medicamentos e para 23 por cento para os itens como eletricidade, afirmaram as fontes à Reuters.
UE e FMI também querem que a Grécia acabe com um benefício para os pensionistas de baixos rendimentos, chamados EKAS, para economizar 800 milhões de euros em 2016 - um movimento que, se aceito, forçaria Tsipras a violar sua promessa de evitar novos cortes nas pensões.