Atenas, 18 abr (EFE).- O Governo grego reiterou nesta segunda-feira, que não tem intenções de reestruturar sua dívida pública, que já supera os 340 bilhões de euros e agrava a situação econômica do país, com um déficit de 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010.
"Descartamos completamente", insistiu nesta segunda-feira o porta-voz oficial do Governo, Georgios Petalotis, durante uma reunião com a imprensa.
"Não está incluída em nossos planos e não manejamos esses cenários", ressaltou.
Nos últimos dois dias se intensificou a informação na imprensa grega e a internacional sobre a necessidade e as supostas intenções da Grécia de negociar uma possível reestruturação de sua dívida.
Segundo a imprensa, Atenas já solicitou que se inicie o processo da reestruturação à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vigiam a prática de um plano de austeridade, que por outro lado desperta um crescente descontentamento e o protesto de grande parte da população.
Assim, os sindicatos do setor público e dos trabalhadores privados convocaram uma nova greve geral de 24 horas, a segunda deste ano e a décima desde 2010, para protestar contra um novo pacote de medidas adicionais de economia, por 26 bilhões de euros, anunciado na quinta-feira passada.
Os sindicatos acusam o Governo do socialista Georgios Papandréu de "estrangular o mercado" com as medidas assumidas há um ano e que eram um requisito indispensável para obter um empréstimo trianual de 110 bilhões de euros do FMI e os parceiros da Grécia na zona do euro.
O Banco da Grécia previu nesta segunda-feira que no fim deste ano a taxa do desemprego se situará em 15% e a inflação em 3,5%, enquanto a contração da economia será de 3%.
O diferencial entre o bônus grego e o Bund alemão alcançou nesta segunda-feira um máximo de 1.125 pontos básicos. EFE