Por Ankika Biswas
(Reuters) - As ações europeias caíram nesta sexta-feira, pressionadas por um salto nos redimentos dos títulos governamentais, conforme os investidores avaliavam as perspectivas de um aperto prolongado da política monetária global pelos principais bancos centrais, ao mesmo tempo em que uma previsão fraca da Adidas também piorou o humor do mercado. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,96%, a 457,89 pontos, sua primeira queda semanal em três semanas. As ações europeias ganharam quase 8% até agora este ano, após uma queda de 13% em 2022, graças a sinais recentes de resiliência econômica, sustentadas por lucros robustos e expectativas de moderação do aperto monetário. Porém um coro de formuladores de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) nos últimos dias recuou em relação às expectativas do mercado de que o fim do ciclo de alta dos juros esteja próximo. Isabel Schnabel, do Conselho do BCE, foi a última a enfatizar a necessidade de mais aperto monetário. As ações de varejo e viagens e lazer, com queda de 3,9% e 3,5%, respectivamente, tiveram o pior desempenho entre os índices setoriais do STOXX 600. Energia contrariou a tendência e avançou 2,3%, impulsionada pela BP e Shell (NYSE:SHEL), acompanhando os preços mais altos do petróleo devido aos planos da Rússia de reduzir a produção da commodity. A Adidas recuou 10,9%, a queda mais acentuada em quase três anos, depois que a fabricante de roupas esportivas alertou que poderia cair no prejuízo este ano pela primeira vez em três décadas, o que também derrubou a PUMA SE, que recuou 4,6%.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,36%, a 7.882,45 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,39%, a 15.307,98 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,82%, a 7.129,73 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,86%, a 27.268,17 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,36%, a 9.117,40 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,33%, a 5.946,38 pontos.