Por Sruthi Shankar e Susan Mathew
(Reuters) - As ações europeias despencaram nesta quinta-feira, registrando sua pior sessão em dois meses e com todos os setores no vermelho, já que preocupações sobre a resiliência da recuperação econômica fizeram com que os investidores fugissem para os títulos.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,66%, a 1.743 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,72%, a 452 pontos.
A decisão do Banco Central Europeu de mudar sua meta de inflação para 2% -- vista como "dovish" -- fez pouco para limitar as quedas.
"Alcançar 2% de inflação não será fácil", disse Jai Malhi, estrategista de mercados globais do JP Morgan Asset Management.
"Com a inflação baixa ainda mais enraizada na zona do euro, essa mudança do Banco Central Europeu significa que a política monetária permanecerá frouxa por ainda mais tempo."
Os bancos da zona do euro caíram quase 3%, já que os rendimentos dos títulos do governo ampliavam suas quedas.
À medida que muitos investidores lutam para compreender totalmente os gatilhos por trás do rali global dos títulos, um amplo repensar da narrativa de reflação e a sensação de que o crescimento econômico pode ter atingido seu pico parecem explicações plausíveis, assim como o desmonte por parte de hedge funds de apostas baixistas que não se consolidaram.
A queda do dia deixou o STOXX 600 em território negativo no acumulado do mês, ficando em curso de quebrar uma sequência de vitórias de cinco meses.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,68%, a 7.030,66 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,73%, a 15.420,64 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,01%, a 6.396,73 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,55%, a 24.641,47 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,31%, a 8.650,10 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,74%, a 5.149,11 pontos.