NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE fecharam em queda de 4% nesta quinta-feira, recuando ainda mais frente à máxima de dois meses e meio atingida na sessão anterior, pressionados por realizações de lucros por especuladores e pela aversão ao risco nos mercados financeiros.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para julho fechou em queda de 0,73 centavo de dólar, ou 4,1%, a 17,11 centavos de dólar por libra-peso, em meio a vendas por fundos.
* Operadores afirmaram que embora especuladores possam continuar liquidando posições compradas no curto prazo, um colapso de larga escala nos preços é improvável, com o mercado ainda apoiado por temores com a safra de cana do Brasil.
* "O Brasil está enfrentando a pior seca em oito anos, e a expectativa era de que fosse responsável por mais de 60% das exportações de açúcar bruto do mundo. Veja isso de forma leve, se você se atreve", disse um operador nos Estados Unidos.
* A produção de açúcar no Brasil caiu 25% na segunda quinzena de abril.
* O Departamento de Agricultura dos EUA espera que as importações de açúcar pelo país recuem para 2,65 milhões de toneladas curtas em 2021/22.
* O açúcar branco para agosto fechou em baixa de 16,30 dólares, ou 3,5%, a 455,50 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O contrato julho do café arábica fechou em queda de 0,1 centavo de dólar, ou 0,1%, a 1,464 dólar por libra-peso, com notícias positivas para os preços fazendo com que perdas como as vistas em outros mercados de commodities fossem evitadas.
* Protestos antigoverno na Colômbia, segunda maior produtora de arábica do mundo, já impediram exportações de mais de 500 mil sacas de 60 kg de café.
* Honduras, maior exportador de café da América Central, reduziu sua previsão para os embarques da commodity em mais 8,3%.
* O café robusta para julho recuou 19 dólares, ou 1,3%, para 1.495 dólares a tonelada.
* As negociações de café no Vietnã, principal produtor de robusta, se mantiveram lentas nesta semana, em meio à fraca demanda.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)