Por Marcelo Teixeira e Nigel Hunt
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE avançaram para uma máxima de 5 meses e meio nesta sexta-feira, impulsionados por um crescente consenso de que a safra de cana no Brasil deve ser significativamente menor que o previsto, devido à uma combinação de seca e geadas recentes.
Açúcar
O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,06 centavo de dólar, ou 0,3%, em 18,68 centavos de dólar por libra-peso, após atingir máxima de 5 meses e meio de 18,92 centavos de dólar.
Os operadores disseram que aguardam ansiosamente pelas informações de moagem de cana para a região centro-sul do Brasil, referentes à segunda quinzena de julho, o que poderia dar indícios de danos com as geadas. Os dados devem ser divulgados no início da semana que vem.
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A fraca demanda, no entanto, continua a limitar os ganhos, com as matérias-primas de outubro de 2021 permanecendo com um desconto substancial até março de 2022.
O açúcar branco para outubro recuou 2,20 dólares, ou 0,5%, para 459,60 dólares a tonelada.
Café
O café arábica para setembro fechou em queda de 0,9 centavo de dólar, ou 0,5%, em 1,76 dólar por libra-peso.
Operadores afirmaram que a extensão do dano para as safras no Brasil devido às geadas recentes permanece incerta, e os preços seguem agitados.
A geada mais devastadora em décadas no maior produtor de café, o Brasil, e os custos de frete recorde desencadeados pelo Covid-19, causando enormes congestionamentos de embarques, devem elevar os preços do produto no varejo para máximas de diversos anos nas próximas semanas.
O café robusta para setembro recuou 21 dólares, ou 1,2%, para 1.743 dólares a tonelada.
Os especuladores do café robusta cortaram a posição comprada líquida em 2.613 lotes, para 23.742 lotes até o dia 3 de agosto.
(Por Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)