NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na bolsa ICE atingiram uma nova máxima em um mês nesta segunda-feira, com o clima adverso mantendo os investidores preocupados com a oferta, enquanto o café arábica também subiu.
Açúcar
* O outubro do açúcar bruto caiu 0,09 centavos, ou 0,4%, a 24,92 centavos por libra-peso, depois de atingir seu patamar mais alto desde 22 de junho.
* Os revendedores disseram que os suprimentos físicos estão escassos no momento, além de haver preocupações com as monções indianas e possíveis chuvas sazonais antecipadas afetando a produção brasileira. A onda de calor na Europa também estava sendo observada, pois pode afetar as colheitas de beterraba.
* O monitor de safras da UE reduziu sua previsão anterior para o rendimento de beterraba açucareira de 2023 para 73,3 toneladas por hectare, ante 75,9 toneladas, devido ao clima seco.
* O outubro do açúcar branco caiu 2,30 dólares, ou 0,3%, para 699,30 dólares a tonelada.
Cacau
* O contrato setembro de cacau em Nova York fechou em alta de 2 dólares, ou 0,1%, para 3.417 dólares a tonelada, consolidando-se logo abaixo do pico de 12 anos de 3.439 dólares estabelecido na semana passada.
* O Rabobank disse que os preços do cacau podem permanecer elevados até 2024.
* Contra isso, no entanto, a demanda pode estar recuando em resposta aos altos preços, conforme indicado pelos fracos dados de moagem do segundo trimestre da América do Norte, Europa e Ásia.
* O contrato setembro do cacau Londres subiu 5 libras, ou 0,2%, para 2.582 libras por tonelada.
Café
* O setembro do café arábica subiu 1,15 centavos, ou 0,7%, a 1,63 dólar por libra.
* "As exportações de café arábica (do Brasil) estão 8% menores em relação ao ano anterior, já que os agricultores estão estocando em antecipação a preços mais altos", disse o Citi em nota.
* "Os preços estão agora abaixo ou próximos ao custo de produção nos principais países produtores. Acreditamos que a maior parte da liquidação pode ter acabado por enquanto", acrescentou.
* O setembro do café robusta subiu 47 dólares, ou 1,8%, para 2.649 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)