Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Affirm (NASDAQ:AFRM) avançavam 10,9% na quinta-feira, impulsionadas pelos serviços do tipo "compra agora, pague depois” que levaram a empresa a elevar suas perspectivas para o ano.
A maior parceria com a Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) também fortalecia o ativo. A Affirm será agora incorporada como uma opção de pagamento na carteira digital da Amazon Pay nos EUA
A empresa agora enxerga suas receitas anuais no intervalo entre US$ 1,22 bilhão e US$ 1,25 bilhão, e espera que o valor bruto de mercadorias (VBM) se situe na casa dos US$ 13,26 bilhões. A previsão anterior da empresa era de receitas no ano corrente entre US$ 1,16 bilhão e US$ 1,19 bilhão, e o VBM a US$ 12,6 bilhões.
O VBM é uma métrica comum da saúde e do crescimento de um site de comércio eletrônico e representa o valor total de bens e serviços vendidos na plataforma.
A empresa expandiu sua rede de comerciantes ativos para mais de 100.000 vendedores, sendo que a adoção por comerciantes na plataforma da Shopify impulsionou esse crescimento. Os consumidores ativos mais do que dobraram. As transações por cliente ativo aumentaram 8%.
A Affirm surfou a demanda gerada pela pandemia, quando os consumidores, com pouco dinheiro disponível, caçavam opções de “compre agora, pague depois”, ou BNPL (do inglês “buy-now-pay-later”).
A opção BNPL tem sido um sustentáculo das empresas de cartões de crédito há décadas. No entanto, a maioria das fintechs de BNPL não cobra juros. Em vez disso, elas ganham dinheiro com a diferença entre o que pagam ao vendedor e o que recuperam posteriormente junto ao comprador. Embora o modelo de fácil utilização possa ampliar as vendas para o comerciante, surgiram preocupações sobre o modelo devido à falta generalizada de controles de crédito sobre a operação - apesar de a empresa de pagamentos estar, efetivamente, proporcionando crédito.
O VBM da Affirm no primeiro trimestre saltou 84%, para US$ 2,7 bilhões. As receitas totais aumentaram 55%, para US$ 269 milhões. A receita, deduzida dos custos de transação, mais do que dobrou, chegando a US$ 112 milhões.
A perda operacional aumentou quase cinco vezes, para US$ 166 milhões, devido à remuneração baseada em ações após o IPO da empresa em janeiro, além de novos investimentos em talentos de produtos e engenharia e em marketing.