Rio de Janeiro, 11 set (EFE).- A economia brasileira cresceu 1,9%
no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro, o que permitiu
ao país sair da recessão técnica em que se encontrava, informou hoje
o Governo.
Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de
2009 ter retraído 1,2% frente ao mesmo período de 2008, o
crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano, impulsionado
principalmente pela indústria, permite prever uma recuperação,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado coloca fim à recessão na qual tecnicamente se
encontrava a maior economia latino-americana até março, quando
completou dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.
No primeiro trimestre o PIB se contraiu 1,8% frente ao quarto
trimestre do ano passado, quando já tinha caído 3,6% em comparação
com o terceiro trimestre de 2008.
A economia brasileira, afetada pela crise econômica global,
acumula queda do 1,5% no primeiro semestre do ano frente aos seis
primeiros meses do ano passado, segundo o IBGE.
O PIB acumulado nos últimos 12 meses até junho, no entanto,
registra um crescimento de 1,3% frente ao medido entre julho de 2007
e junho de 2008.
Como esse resultado já inclui todo o período desde o agravamento
da crise internacional, fortalece a previsão do Governo de que o
Brasil fechará o ano com um crescimento positivo, embora inferior a
1%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em várias oportunidades
declarou que o Brasil já está saindo da crise, prevê que o
crescimento do terceiro trimestre será ainda maior e que o resultado
do ano surpreenderá no meio de uma conjuntura internacional
negativa.
A economia brasileira começou a retroceder em outubro do ano
passado como consequência da crise global, que causou forte redução
da demanda internacional por matérias-primas, das quais o Brasil é
um dos maiores exportadores mundiais, e teve um forte impacto na
indústria.
Apesar da forte queda do PIB no último trimestre de 2008, o
Brasil fechou o ano com um crescimento econômico de 5,1%.
Foi precisamente a indústria, com um crescimento de 2,1%, que
impulsionou o crescimento da economia brasileira no segundo
trimestre do ano frente ao primeiro.
O setor de serviços cresceu 1,2% no período e a agropecuário
registrou contração de 0,1%.
Apesar dessa reação, a produção da indústria acumulou no primeiro
semestre do ano queda de 8,6% frente ao mesmo período de 2008.
A retração do setor agropecuário nos seis primeiros meses do ano
foi de 3% enquanto que o setor de serviços acumulou crescimento de
2,1%. EFE