GOMA, República Democrática do Congo (Reuters) - Militantes do leste do Congo mataram quatro pessoas e deixaram várias outras feridas em ataques contra centros de reação ao Ebola no leste do país nesta quinta-feira, disseram autoridades e serviços de saúde.
A violência e os tumultos vêm prejudicando seriamente os esforços para conter a segunda pior epidemia de Ebola já registrada, que matou 2.199 pessoas desde que foi anunciada em agosto de 2018.
Um milícia local conhecida como Mai Mai vem atacando instalações de saúde por acreditar que o Ebola não existe e que a operação é um complô para eliminar a população local.
A Mai Mai atacou simultaneamente centros de tratamento de Ebola em Mangina, no Kivu do Norte, e em Byakoto, em Ituri, disse Jean-Jacques Muyembe, que lidera a reação ao Ebola na República Democrática do Congo.
"É um golpe na reação ao Ebola porque estávamos erradicando a doença. Estes ataques estão desafiando os esforços já realizados", disse Muyembe.
A Organização Mundial da Saúde disse que os mortos incluem um membro de uma equipe de vacinação, dois motoristas e um policial. Uma porta-voz da OMS disse que nenhum de seus funcionários foi morto.
"É a primeira vez que sofremois um ataque real às nossas bases", disse Margaret Harris, porta-voz da OMS.
Novas infecções estavam em declínio desde agosto, e só 70 casos foram identificados em todo o mês de outubro, disse a instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras na segunda-feira.
(Por Fiston Mahamba)