Por Jorge Otaola
BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina está avaliando um aumento de juros entre 1,50 a 2,00 pontos percentuais, disse uma fonte da instituição com conhecimento direto das discussões à Reuters nesta quinta-feira, conforme o país busca conter a inflação desenfreada.
A decisão, que ainda não foi finalizada, levaria a taxa básica Leliq para entre 44% e 44,5%, ante patamar atual de 42,5%, que está abaixo da inflação anual, superior a 52%.
A fonte, que pediu anonimato, disse que o banco está esperando o Congresso aprovar o acordo do governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reestruturação de dívida de 45 bilhões de dólares, cujos termos incluem metas econômicas, como a adoção de juros reais positivos.
A votação no Senado argentino do acordo com o FMI pode ocorrer ainda nesta quinta-feira.
"O aumento deve ficar entre 150 e 200 pontos básicos, é o que está sendo analisado, mas a decisão ainda não foi tomada. O acordo com o Fundo deve primeiro se tornar lei", disse a fonte do banco.