BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira projeto de lei que transforma o Pronampe, programa federal de apoio às micro e pequenas empresas, em política de caráter permanente.
O governo já anunciou que pretende direcionar 5 bilhões de reais para bancar garantias do programa este ano, e que 20% desse valor deve ser direcionado a financiamentos do setor de eventos, particularmente abalado pela crise da pandemia.
Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, Bolsonaro comemorou a geração de empregos formais no ano passado, creditando a abertura de postos de trabalho ao programa.
"Com o Pronampe do (ano) passado, terminamos 2020 com mais empregos formais que 2019. Parabéns a todos vocês", disse, estendendo os cumprimentos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao senador Jorginho Mello (PL-SC), presentes no gabinete.
Ao seu lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a "democratização do crédito" foi um dos pilares da recuperação econômica. Ele também a classificou como a "mais rápida" da histórica econômica do país.
"Foi a recuperação mais rápida da história econômica brasileira. Foi movida, também, pela democratização do crédito. Então o presidente, desde o início, disse: 'Os pequenos devem ser atendidos, ninguém pode ficar para trás'. Então foi injeção na veia, capital de giro, crédito, para pequena e média empresa", afirmou Guedes.
Ainda de acordo com o ministro, 48% da expansão observada de crédito foi direcionada para pequenas e médias empresas.
Por sua vez, ao chegar ao Palácio do Planalto para a sanção da lei, o senador Jorginho Mello afirmou ainda acreditar ser necessário alavancar mais recursos.
"Eu ainda acho que precisamos alavancar mais recursos, isso que eu vou continuar fazendo, procurando mais recursos para colocar no fundo garantidor para continuar emprestando", disse.
O Pronampe foi instituído no ano passado, como medida emergencial de enfrentamento ao impacto econômico da pandemia da Covid-19. O programa liberou cerca de 37,5 bilhões de reais em empréstimos, em um total de 517 mil operações.
((Reportagem Redação Brasília))