LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de cacau na ICE subiram para máximas de seis anos e meio nesta sexta-feira, impulsionados por ofertas apertadas, enquanto os preços do açúcar bruto estavam se consolidando logo abaixo do pico de 11 anos estabelecido no início desta semana.
Cacau
* O cacau Londres de julho subiu 19 libras, ou 0,9%, a 2.209 libras por tonelada depois de atingir o pico de 2.234 libras --o nível mais alto desde outubro de 2016.
* Operadores disseram que a oferta estava apertada, especialmente na Costa do Marfim, maior produtora, onde as chegadas nos portos estão atrasadas em relação ao ritmo da temporada passada, enquanto a demanda está se recuperando, apesar dos problemas econômicos globais.
* "O aperto de oferta na África Ocidental continua a apoiar os futuros de cacau", disse a Fitch Solutions em nota.
* Operadores disseram que o pequeno aumento ano a ano na moagem do cacau europeu no primeiro trimestre, relatado no início desta semana, é mais uma evidência de que a demanda está se mantendo bem.
* O cacau Nova York de julho caiu 18 dólares, ou 0,6%, para 2.897 dólares a tonelada, depois de estabelecer uma máxima de seis anos e meio de 2.958 dólares.
Açúcar
* O açúcar bruto de maio subiu 0,06 centavos, ou 0,2%, alta de 24,10 centavos de dólar por libra-peso, consolidando-se logo abaixo de uma máxima de 11 anos de 24,85 centavos estabelecida no início desta semana.
* O aumento recente foi impulsionado por safras 2022/23 abaixo do esperado na Índia, China e Tailândia, bem como pela preocupação de que um evento climático El Niño possa reduzir a produção de 2023/24 na Ásia, onde pode resultar em secas e clima fora do normal.
* O açúcar branco de agosto subiu 2,00 dólares, ou 0,3%, para 668,20 dólares a tonelada.
Café
* O café robusta de julho caiu 38 dólares, ou 1,6%, para 344 dólares a tonelada, recuando de um pico de 11 anos e meio na sessão anterior, em 2.401.
* Operadores disseram que a demanda por café robusta estava forte e as ofertas no principal produtor, o Vietnã, diminuíram.
* O café arábica de julho caiu 2,9 centavos, ou 1,5%, a 1,915 dólar por libra-peso, depois de uma máxima de seis meses de 1,9810 dólar na quinta-feira.
* A nova safra brasileira parece estar a caminho de uma boa produção, embora não seja um recorde, disse um relatório nesta sexta-feira.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)