NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café robusta fecharam em alta nesta sexta-feira, com o mercado se consolidando abaixo da máxima de quatro anos e meio atingida na semana, enquanto os preços do açúcar caíram.
Café
O café robusta para janeiro fechou em alta de 37 dólares, ou 1,7%, em 2.214 dólares a tonelada. A referência do segundo contrato atingiu a máxima de quatro anos e meio de 2.278 dólares anteriormente na semana.
Operadores disseram que o fracasso do mercado em romper a resistência em torno de 2.279 dólares, um pico estabelecido em fevereiro de 2017, causou um revés de curto prazo, mas os fundamentos permaneceram favoráveis com a oferta apertada por uma desaceleração nas exportações do maior produtor de robusta, Vietnã.
As exportações de café do Vietnã nos primeiros 10 meses deste ano devem mostrar uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior, para 1,27 milhão de toneladas.
O café arábica para dezembro fechou em alta de 4 centavos de dólar, ou 2,0%, em 2,0395 dólares por libra-peso, uma vez que a incerteza sobre a próxima safra do Brasil continua a sustentar o mercado.
Açúcar
O açúcar bruto para março caiu 0,35 centavo de dólar, ou 1,8%, a 19,27 centavos de dólar por libra-peso.
Operadores disseram que os preços mais altos da gasolina no Brasil ajudaram a apoiar o mercado nesta semana, aumentando potencialmente o volume de cana-de-açúcar usado para produzir etanol em detrimento do adoçante.
O rali do setor de energia, no entanto, perdeu força no final da semana, puxando os preços do açúcar para baixo, enquanto as chuvas no Brasil continuaram melhorando as perspectivas para a safra do próximo ano.
"Fundamentalmente, as fortes chuvas no Brasil são positivas para a safra de cana-de-açúcar do país e, em última instância, são baixistas para o preço. Isso explicaria a abertura de novas posições vendidas, bem como o fechamento das posições compradas", disse em nota a trading de alimentos e provedora de serviços da cadeia de suprimentos Czarnikow.
O açúcar branco para dezembro caiu 6,50 dólares, ou 1,3%, em 509,10 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)