Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, discordou nesta quinta-feira do ex-ministro das Finanças Rishi Sunak sobre o futuro da economia do país, com os dois candidatos a premiê debatendo os alertas do banco central britânico sobre uma longa recessão.
Truss compete com Sunak pelos votos dos 200.000 membros do Partido Conservador que escolherão o substituto de Boris Johnson, forçado a renunciar ao cargo de primeiro-ministro após uma série de escândalos.
O Banco da Inglaterra, banco central britânico, disse nesta quinta-feira que o Reino Unido está diante de uma provável longa recessão, com a inflação impulsionada pelo preço da energia apertando os orçamentos das famílias. Enfrentar essa crise econômica será responsabilidade de Truss ou Sunak daqui a um mês.
Truss, favorita na disputa pela liderança, disse que a previsão do banco central pode ser modificada por cortes de impostos. Ela afirmou que a decisão do governo de aumentar o fardo fiscal ao maior patamar desde os anos 1950 era o que estava levando a economia a caminho de uma recessão.
Como ministro das Finanças, Sunak implementou o aumento de impostos para pagar pelo auxílio do governo durante a pandemia de Covid-19 e ajudar os britânicos a subsidiar contas de energia. A medida foi criticada por muitos ativistas do partido que historicamente defende impostos baixos.
Sunak afirmou que o aumento projetado da inflação reforçou sua visão de que Truss seria imprudente se aumentasse os empréstimos e cortasse impostos agora.
Ele disse que o plano de Truss levaria a uma inflação ainda maior e prometeu que cortaria impostos paulatinamente.