PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de carvão metalúrgico na bolsa de Dalian fecharam na máxima de uma semana nesta quarta-feira, depois de atingirem mais cedo um pico de mais de três meses, conforme o fornecimento no norte da China foi interrompido pelas piores tempestades em mais de uma década causadas pelo tufão Doksuri.
Os futuros de carvão metalúrgico para setembro mais negociados na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações diurnas com alta de 2,43%, a 1.514,5 iuanes (210,88 dólares) por tonelada, seu nível mais alto desde 26 de julho, enquanto o coque subiu 1,2%, para 2.355,5 iuanes por tonelada, o maior nível desde 19 de abril.
"O evidente ganho de preço no mercado de carvão ocorre porque a capacidade de transporte foi prejudicada pelas recentes enchentes na região de Pequim-Tianjin-Hebei", disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures em Pequim.
"O transporte de carvão coqueificável depende de caminhão e, portanto, foi afetado. Mas o impacto deve ser temporário."
Também melhorou o sentimento do mercado de carvão a nova rodada de propostas de aumento de preços do coque, que devem acabar sendo aceitas pelas siderúrgicas, já que as usinas precisam de matéria-prima para sustentar a produção e garantir os lucros, segundo analistas.
Ainda assim, os preços futuros do minério de ferro caíram com os traders avaliando sinais mistos do mercado.
O minério de ferro mais negociado para setembro em Dalian caiu 1,07%, a 831 iuanes por tonelada, enquanto o minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura recuou 1,35%, para 104,6 dólares a tonelada.
"O rali recente do minério de ferro também se esgotou, já que parece improvável que as medidas de apoio ao mercado imobiliário aumentem a demanda", disseram analistas do banco ANZ em nota.
(Reportagem de Amy Lv e Andrew Hayley em Pequim)