BOSTON (Reuters) - O vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, reiterou sua posição de que o banco central "atuará conforme apropriado" para estender a recuperação e proteger a economia norte-americana dos riscos decorrentes de tensões geopolíticas e da desaceleração do crescimento global.
"Olhando para o futuro, a política monetária não está em um curso predefinido, e o comitê procederá reunião a reunião para avaliar as perspectivas econômicas, bem como os riscos para as perspectivas", afirmou Clarida em declarações preparadas em um evento organizado pelo Instituto CFA.
"O Fed atuará como apropriado para sustentar o crescimento, um forte mercado de trabalho e um retorno da inflação ao nosso objetivo simétrico de 2%."
Os comentários, provavelmente seus últimos feitos em público antes da próxima reunião do Fed, estavam alinhados com os de outras autoridades do Fed que enfatizaram esta semana terem uma mente aberta sobre futuras decisões de política monetária.
Os membros do Fomc votaram em setembro, por um placar de 7 a 3, a favor de corte de juros, o segundo deste ano, o que reduziu a meta de juros para o intervalo entre 1,75% e 2,00%.
Investidores veem chance de quase 90% de que o Fed reduza a taxa em 0,25 ponto percentual no final deste mês.
Clarida disse que a economia está em uma "boa posição", impulsionada por uma taxa de desemprego próxima de mínimas em 50 anos e aumento dos salários. Ele também disse que as autoridades do Fed estão de olho nos riscos que ameaçam desacelerar o crescimento econômico, incluindo um declínio no investimento empresarial, uma desaceleração no crescimento global e uma inflação abaixo da meta.
Muitos formuladores de políticas do Fed, incluindo Clarida, observaram anteriormente que a força do consumidor dos EUA será fundamental para traçar o curso das taxas de juros. Clarida não fez nenhuma menção ao consumidor dos EUA em seus comentários preparados.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse na quinta-feira que as decisões sobre taxas estão sendo tomadas "reunião por reunião". Williams disse que o consumidor tem sido "muito resiliente", mas alertou que os gastos do consumidor são um indicador atrasado.
(Por Jonnelle Marte)