Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A comissão do Senado que acompanha as ações do governo de combate à pandemia de Covid-19 aprovou nesta terça-feira requerimento de informações ao diretor-presidente da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, sobre os motivos de a vacina Sputnik V ainda não ter sido liberada no país.
De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), o requerimento argumenta que o imunizante russo já foi aprovado para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai, e lembra que governadores do Consórcio Nordeste já anunciaram intenção de compra de doses.
Na semana passada, a Anvisa recebeu complementação ao pedido para uso emergencial da vacina Sputnik V, em item que "trata da lista de todos os locais onde a vacina está ou será fabricada, e as documentações relacionadas às Boas Práticas de Fabricação (BPF) dos locais de fabricação".
A agência reguladora considerou, no entanto, que ainda falta a entrega de documentos relacionados a outros itens que também tratam de Boas Práticas de Fabricação, razão pela qual "o prazo de sete dias úteis permanece suspenso até a apresentação da documentação faltante".
No mesmo dia, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e Sergipe pediram autorização à Anvisa para a importação da vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, a ser posteriormente fabricada no Brasil pela União Química.
Representantes do Consórcio Nordeste reúnem-se na tarde desta terça com presidente e diretores da Anvisa para tratar da autorização de importação e uso emergencial da Sputnik V.