Por Jonathan Landay
WASHINGTON (Reuters) - Alguns dos principais democratas do Congresso pediram, neste domingo, que o diretor-geral dos Correios indicado pelo presidente Donald Trump preste depoimento este mês sobre mudanças que geraram medo de que teriam o objetivo de reter cédulas enviadas pelo correio na eleição marcada para novembro.
O órgão supervisor interno dos Correios começou a investigar uma onda de cortes de custos iniciada pelo diretor-geral Louis DeJoy que desacelerou a entrega de correspondência ao redor do país, alarmando parlamentares porque até metade dos eleitores norte-americanos pode acabar votando pelo correio nas eleições de 3 de novembro.
Democratas do Congresso pediram que DeJoy, doador da campanha do republicano Donald Trump, e que o presidente dos Correios dos EUA, Robert Duncan, depusessem em uma audiência, em 24 de agosto.
“O presidente expressou explicitamente a intenção de manipular os Correios para negar que eleitores registrados acessem as urnas, em busca de sua própria reeleição”, afirmaram democratas incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o líder da oposição no Senado, Chuck Schumer, e a presidente do Comitê de Supervisão, Carolyn Maloney, em um comunicado conjunto.
“O diretor-geral e funcionários de alto escalão dos Correios precisam responder ao Congresso e ao povo americano por que estão colocando em prática essas perigosas novas políticas que ameaçam silenciar as vozes de milhões, apenas meses antes da eleição”.
DeJoy não respondeu imediatamente ao pedido por comentário.