Por Jan Strupczewski
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros das Finanças do Grupo dos Sete (G7), que reúne países ricos, prometerão nesta semana continuar apoiando suas economias à medida que elas saem da pandemia e chegar a um acordo "ambicioso" sobre um imposto mínimo global sobre as empresas em julho, mostrou o esboço de um comunicado.
As autoridades do G7, que se reunirão em Londres nos dias 4 e 5 de junho, também dirão que, uma vez que a recuperação estiver bem estabelecida, elas precisarão "assegurar a sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo" --código para uma retirada gradual do estímulo.
O G7 é formado por Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Canadá.
"Comprometemo-nos a não retirar o apoio cedo demais e investir para promover o crescimento, criar empregos de alta qualidade e enfrentar a mudança climática e as desigualdades", disse o esboço do comunicado, visto pela Reuters.
"Uma vez que a recuperação esteja firmemente estabelecida, precisamos garantir a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas para nos permitir responder a crises futuras", afirmou o documento, sem especificar o que levaria o G7 a considerar a recuperação como firme.
Para ajudar a aliviar a pressão sobre as finanças públicas, o esboço afirmou que o G7 apoia fortemente os esforços da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a definição de um nível mínimo de imposto corporativo global, que garantiria que grandes multinacionais paguem sua parte justa dos impostos.
Esse imposto teria como objetivo resolver o problema representado por grandes empresas que geram enormes receitas mas pagam muito pouco imposto por abrirem escritórios para fins fiscais em jurisdições de baixa tributação.
A solução em que a OCDE está trabalhando forçaria um nível global mínimo de impostos sobre todas as receitas corporativas, independentemente de onde a empresa estabelece sua sede para fins fiscais.
"Nós ... esperamos chegar a um acordo na reunião de julho dos ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais do G20", afirmou o esboço do G7.
(Por Jan Strupczewski)