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Índia supera Brasil como maior fornecedor de alimentos para árabes após 15 anos

Publicado 07.12.2021, 10:08
Atualizado 07.12.2021, 10:11
© Reuters. Trabalhadores colhem cana na Índia
10/11/2018
REUTERS/Rajendra Jadhav
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Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - A Índia ultrapassou o Brasil nas exportações de alimentos para a Liga dos Estados Árabes pela primeira vez em 15 anos, um reflexo da pandemia de Covid-19 que atrapalhou os fluxos comerciais em 2020, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira obtidos pela Reuters nesta terça-feira.

O mundo árabe está entre os mais importantes parceiros comerciais do Brasil, mas a distância desses mercados cobrou seu preço, pois a crise sanitária causou falta de contêineres e prejudicou o transporte marítimo, afetando especialmente a movimentação de produtos perecíveis.

O Brasil respondeu por 8,15% do total de produtos do agronegócio importados pelos 22 membros da Liga no ano passado, enquanto a Índia capturou 8,25% desse comércio, encerrando a liderança do Brasil de 15 anos, mostram os dados.

Apesar de permanecer competitivo "da porteira para dentro", o Brasil perdeu terreno para a Índia e outros exportadores como Turquia, Estados Unidos, França e Argentina em meio a interrupções nas rotas tradicionais de navegação.

Os embarques do Brasil para a Arábia Saudita, que antes demoravam 30 dias, agora podem levar até 60 dias, segundo a câmara, enquanto as vantagens geográficas da Índia permitem enviar frutas, vegetais, açúcar, grãos e carnes em uma semana.

© Reuters. Trabalhadores colhem cana na Índia
10/11/2018
REUTERS/Rajendra Jadhav

As exportações agrícolas do Brasil para a Liga Árabe aumentaram apenas 1,4% em valor, para 8,17 bilhões de dólares no ano passado. Entre janeiro e outubro deste ano, as vendas totalizaram 6,78 bilhões de dólares, um aumento de 5,5%, à medida que os problemas de logística diminuíram, mostraram dados da Câmara.

O esforço da China para aumentar seus próprios estoques de alimentos durante a pandemia também afetou em parte o comércio do Brasil com os árabes, levando países como a Arábia Saudita a intensificar a promoção da produção doméstica de alimentos, enquanto buscam fornecedores alternativos.

"É um ponto de virada. Os sauditas ainda são grandes compradores, mas também já são reexportadores líquidos de alimentos...", disse a câmara em comunicado.

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