LONDRES (Reuters) - O ex-ministro de Finanças britânico Rishi Sunak disse que a prioridade econômica caso ele se torne primeiro-ministro será combater a inflação alta, não os cortes de impostos prometidos por alguns de seus rivais na corrida para substituir Boris Johnson.
A inflação dos preços ao consumidor no Reino Unido em 12 meses atingiu uma máxima de 40 anos de 9,1% em maio, e o Banco da Inglaterra, banco central britânico, prevê que excederá 11% em outubro, quando as tarifas reguladas de energia doméstica aumentarem.
"Acredito que nossa prioridade econômica número um é combater a inflação e não piorá-la", disse Sunak à rádio BBC nesta quinta-feira. "Vou reduzir os impostos neste Parlamento, mas vou fazê-lo com responsabilidade, porque não corto impostos para ganhar eleições, ganho eleições para cortar impostos", acrescentou.
Sunak, cuja renúncia na semana passada ajudou a desencadear a queda do governo de Johnson, está liderando um campo de seis candidatos após o primeiro turno de votação na quarta-feira.
Ele obteve 88 votos de seus colegas parlamentares conservadores, à frente da ministra do Comércio Penny Mordaunt, com 67, e da secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, com 50.
Sunak rejeitou sugestões de que sua riqueza tenha prejudicado sua capacidade de entender as pressões financeiras enfrentadas por milhões de britânicos --ao relutar, por exemplo, em apoiar refeições financiadas publicamente para crianças pobres durante as férias escolares.
Sunak e sua esposa Akshata Murthy foram incluídos em uma lista dos 250 residentes britânicos mais ricos publicada pelo jornal Sunday Times em maio.
(Reportagem de Muvija M, Paul Sandle e Kate Holton)