Por Gabriel Crossley e Se Young Lee
PEQUIM (Reuters) - As exportações da China recuaram, em novembro, pelo quarto mês consecutivo, sublinhando a pressão persistente da guerra comercial com os EUA, mas o crescimento em importações pode ser um sinal que os passos de estímulo de Pequim estão ajudando a alimentar a demanda.
A longa disputa comercial que já dura 17 meses aumentou os riscos de uma recessão global e levou a especulações que os políticos chineses poderão liberar mais estímulos em resposta ao crescimento da segunda maior economia do mundo ter caído para os níveis mais baixos em quase 30 anos.
O envio de bens para o exterior caiu 1,1% no último mês em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados no domingo, em comparação com a expansão de 1% prevista por analistas consultados pela Reuters, e uma queda de 0,9% em outubro.
As importações inesperadamente subiram 0,3% em relação ao ano anterior, marcando o primeiro crescimento de um ano para o outro desde abril e melhor que a queda de 1,8% projetada por economistas.
Os dados de importação acima das expectativas podem apontar para a confirmação de uma demanda doméstica, depois de a atividade das fábricas ter mostrado sinais surpreendentes de melhora recentemente, embora analistas tenham pontuado que a recuperação pode ser difícil de ser sustentada em meio aos riscos comerciais.
O superávit comercial da China em novembro ficou em US$ 38,73 bilhões, em comparação com a expectativa de US$ 46,3 bilhões da consulta a analistas e US$ 42,81 bilhões registrados em outubro.