As vendas de bares e restaurantes cresceram 3,5% em agosto em comparação com o mesmo mês em 2020, segundo dados do indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Alelo.
O índice avalia o desempenho das vendas de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega e retirada em balcão. Os dados são calculados com base nas operações com os vouchers de alimentação e refeição da Alelo e comparados ao pandêmico ano de 2020.
Segundo o levantamento, mesmo que o número de transações tenha crescido, o valor gasto caiu 1,8% e o número de estabelecimentos que efetivou pelo menos uma venda em agosto subiu 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo assim, os indicadores de valor gasto, quantidade de vendas e número de estabelecimentos que venderam seguem em queda em relação ao período pré-pandemia, em 2019, com -28,9%, -46% e -3,7%, respectivamente.
O presidente da Alelo, Cesario Nakamura, disse que mesmo que os níveis pré-pandêmicos ainda não tenham sido atingidos pelos restaurantes, há progresso na quantidade de transações e estabelecimentos que efetuaram pelo menos uma venda. "Com o avanço da vacinação, é esperado que aos poucos a população retome seus hábitos de consumo com segurança", disse, em comunicado.
O Centro-Oeste segue sendo a região com a maior queda do valor gasto em restaurantes entre agosto de 2019 em comparação com 2021 (-35%), seguido Pela região Sul (-28,9%), Sudeste (-28,7%), Norte (-27,6%) e Nordeste (-27,6%).
Já o índice que acompanha as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados e mercearias teve alta de 4,8% no volume de transações em agosto de 2021 em relação a 2020. O número de supermercados que realizou pelo menos uma venda também cresceu 2% em agosto se comparado ao ano anterior. Por outro lado, o valor gasto foi de -1,7% na comparação com 2020.
Se os dados forem comparados com 2019, houve um aumento de 3,1% no valor gasto pelos consumidores, na contramão da queda de 12,7% no volume de transações. A explicação, segundo os pesquisadores da Fipe, está na elevação dos preços dos produtos de supermercado.