Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os futuros das ações dos EUA registravam alta antes da abertura das Bolsas em Nova York nesta quinta-feira, 23, repercutindo os resultados da Nvidia e seu crescimento com a demanda por soluções de inteligência artificial. A receita do grupo de semicondutores aumentou em 262% e o CEO, Jensen Huang, deu a entender que esse número ganhará força este ano pelo lançamento de sua mais nova linha de chips de IA.
Ainda no cenário corporativo norte-americano, a OpenAI fechou uma parceria de acesso a conteúdos com a News Corp, seu mais recente acordo com uma grande fornecedora de notícias.
No Brasil, o governo piora projeção de déficit público.
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1. Futuros dos EUA avançam com resultados positivos da Nvidia
Os principais índices futuros americanos apresentavam alta nesta quinta-feira pela manhã, animados com o anúncio de lucros trimestrais da Nvidia (NASDAQ:NVDA), fabricante líder de chips de IA.
Às 7h55, horário de Brasília, o (S&P 500) registrava uma valorização de 0,62%, enquanto o (Nasdaq 100) e o (Dow Jones) subiam 1,01% e 0,13%, respectivamente, no mercado futuro.
Os índices encerraram o dia anterior em queda, influenciados pela ata da última reunião do Federal Reserve. Os documentos revelaram que as autoridades do banco central americano veem a inflação regressando lentamente à meta de 2%. Apesar de dados recentes indicarem uma redução nas pressões inflacionárias, as autoridades declararam nesta semana que ainda são necessárias mais evidências de que a desaceleração é duradoura antes de considerar reduções nas taxas de juros.
A probabilidade de um corte nas taxas de pelo menos 25 pontos-base pelo Fed em setembro diminuiu um pouco, segundo a FedWatch Tool do CME Group (NASDAQ:CME).
ACOMPANHE: Cotações das ações americanas
2. Nvidia supera expectativas
As ações da Nvidia subiram mais de 6% após o fechamento do mercado ontem, em reação aos robustos resultados do primeiro trimestre da companhia de semicondutores e aos comentários otimistas de seu CEO sobre a crescente demanda pelo novo chip de IA.
A receita trimestral, encerrada em 28 de abril, saltou 262% ano a ano, alcançando US$ 26 bilhões, superando as expectativas de Wall Street de US$ 24,7 bilhões. Para o próximo trimestre, a Nvidia projeta um aumento na receita para US$ 28 bilhões, acima das previsões de mercado de US$ 26,8 bilhões.
O faturamento proveniente de data centers, indicativo do desempenho dos chips de IA, cresceu 427% em comparação ao ano anterior, totalizando um recorde de US$ 22,6 bilhões. Os processadores gráficos para data centers da Nvidia tornaram-se componentes cruciais na infraestrutura de computação que suporta produtos de IA generativa.
"A próxima revolução industrial já está ocorrendo", afirmou Jensen Huang, CEO da empresa. "A IA trará melhorias significativas de produtividade para diversos setores, permitindo que as empresas sejam mais eficientes em termos de custo e energia, além de ampliar as oportunidades de receita."
Em seguida, Huang destacou aos investidores que a linha de chips Blackwell da empresa deverá gerar "muita" receita este ano, sinalizando que a demanda por IA deve permanecer robusta.
Esse otimismo também beneficiou fornecedores asiáticos da Nvidia, como os fabricantes de chips de memória SK Hynix e Samsung Electronics (KS:005930), e a TSMC, empresa de semicondutores por contrato.
3. OpenAI fecha parceria com News Corp
As ações da News Corp (NASDAQ:NWSA) avançaram no after-market após a empresa de mídia firmar um acordo com a OpenAI, garantindo à criadora do ChatGPT acesso a grandes publicações do grupo.
Pelo acordo, a OpenAI poderá acessar conteúdos novos e arquivados de importantes veículos, como The Wall Street Journal, The Times, The New York Post e Marketwatch.
Os detalhes financeiros do contrato não foram divulgados, mas segundo reportagem do Wall Street Journal, pertencente à News Corp, o valor do acordo supera os US$ 250 milhões para um período de cinco anos.
A OpenAI, que conta com suporte da Microsoft (NASDAQ:MSFT), tem buscado parcerias com grandes veículos de mídia, incluindo o Financial Times, para otimizar o treinamento de seus modelos de IA.
Contudo, a OpenAI enfrenta questionamentos legais, como a ação movida pelo The New York Times no final de 2023, acusando a empresa de uso indevido de dados para treinamento de seus modelos.
Em outra frente, as ações da Live Nation Entertainment (NYSE:LYV) despencaram após o fechamento do mercado na quarta-feira, com informações de que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) pretende processar a matriz da Ticketmaster por práticas anticompetitivas.
Conforme reportado pela Bloomberg News, o DOJ, junto a um grupo de estados, deve apresentar a ação no Distrito Sul de Nova York até quinta-feira.
Após a divulgação, as ações da Live Nation chegaram a cair 9,3%, atingindo US$ 92, embora tenham recuperado parte das perdas posteriormente.
O processo deve evidenciar várias infrações antitruste da Ticketmaster, destacando seu domínio sobre o mercado de venda de ingressos para eventos. A ação buscará soluções, incluindo a separação entre Live Nation e Ticketmaster como uma das medidas corretivas.
4. Petróleo em alta
Os preços do petróleo registravam alta pela manhã, repercutindo a ata do Federal Reserve, que indicou a manutenção das taxas de juros americanas em níveis elevados por mais tempo.
Às 7h55, o barril do WTI, referência nos EUA, subiam 0,79%, cotados a US$ 78,18, enquanto o barril de Brent se valorizava 0,81%, a US$ 82,56, no mercado futuro.
A alta das taxas de juros pode elevar os custos de empréstimos, impactando negativamente o crescimento econômico e a demanda por petróleo no maior consumidor mundial.
Além disso, um aumento de 1,8 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA na última semana contribuiu para o sentimento negativo no mercado, embora os analistas projetassem um acréscimo de 2,5 milhões de barris.
CONFIRA: Cotação das principais commodities.
5. Piora na projeção de déficit do governo brasileiro
A equipe econômica do governo piorou na projeção de rombo nas contas públicas em 2024. A estimativa de déficit primário foi revisada para R$ 14,5 bilhões, ou -0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias referente ao 2º bimestre. O governo também reverteu bloqueio no orçamento de R$2,9 bilhões.
Os valores não incluem gastos extraordinários com a tragédia causada pelas chuvas e enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Se fossem contabilizados, a estimativa de déficit poderia ir a R$27,5 bilhões. No documento do primeiro bimestre, o governo projetou um saldo negativo de R$ 9,3 bilhões.
Ainda assim, o dado está dentro do intervalo da meta de déficit zero, que possui margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB. De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a mudança na projeção ocorre abertura do crédito suplementar, de R$ 15,8 bilhões, que terão destino ainda a ser definido, mas a prioridade deve ser a recomposição de gastos obrigatórios.
Às 7h56 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,03%.
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