Por Michael Martina e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos terão como alvo a China em uma nova "força-tarefa" para combater práticas comerciais desleais, informou o governo Biden nesta terça-feira, enquanto divulgava as conclusões de uma revisão do acesso norte-americano a produtos essenciais, de semicondutores a baterias de veículos elétricos.
A "força-tarefa comercial da cadeia de abastecimento", liderada pela representante comercial dos EUA, buscará violações específicas que contribuíram para um "esvaziamento" das cadeias de abastecimento que poderiam ser resolvidas com ações comerciais, inclusive em relação à China, disseram autoridades do governo a repórteres.
As autoridades também disseram que o Departamento do Comércio estava considerando iniciar uma investigação da Seção 232 sobre o impacto da segurança nacional das importações de ímã de neodímio usados em motores e outras aplicações industriais, que os Estados Unidos importam em grande parte da China.
O presidente Joe Biden pediu a revisão das cadeias de abastecimento em fevereiro, exigindo que as agências executivas relatem dentro de 100 dias os riscos para o acesso dos EUA a bens essenciais, como aqueles usados em produtos farmacêuticos e minerais de terra rara, dos quais os Estados Unidos são dependentes de fornecedores estrangeiros.
Embora não seja explicitamente dirigida à China, a revisão faz parte de uma estratégia mais ampla do governo Biden para fortalecer a competitividade dos EUA em face dos desafios econômicos impostos pela segunda maior economia do mundo.
"Os semicondutores são os blocos de construção que sustentam grande parte da nossa economia e são essenciais para a nossa segurança nacional, nossa competitividade econômica e nossas vidas diárias", disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.
Os Estados Unidos enfrentaram sérios desafios para obter equipamentos médicos durante a pandemia de Covid-19 e agora enfrentam enormes gargalos em várias áreas, incluindo chips de computador, paralisando a produção de bens como carros.
(Por Michael Martina e Trevor Hunnicutt)