👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Governo central tem déficit primário recorde para junho, de R$194,734 bi

Publicado 30.07.2020, 10:51
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um déficit primário de 194,734 bilhões de reais em junho, recorde para o período, afetado pelo gritante desequilíbrio entre despesas e receitas em meio ao forte impacto da pandemia de Covid-19 na economia.

O dado, divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro, veio pior que a projeção de um déficit de 160 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas, e representou o número mais fraco para o mês na série iniciada pelo Tesouro em 1997.

Em nota, o Tesouro apontou que o desempenho foi explicado, assim como no mês anterior, pela redução significativa na arrecadação combinada com o aumento das despesas decorrentes de medidas de combate à crise do coronavírus.

Em outra frente, o Tesouro mencionou os impactos da antecipação do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social, além do pagamento acumulado de precatórios. Esses dois movimentos guiaram um salto real de 57,8% em benefícios previdenciários, um acréscimo de 28,2 bilhões de reais sobre junho de 2019.

Além disso, o calendário de precatórios também influenciou o registro das rubricas de Pessoal e Encargos Sociais e Sentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital), com crescimento de 3,5 bilhões de reais e 19,9 bilhões de reais em relação ao mesmo mês do ano passado, acrescentou o Tesouro.

No mês, a receita líquida sofreu queda real de 31,0% contra um ano antes, a 65,142 bilhões de reais. Segundo o Tesouro, essa performance foi afetada pelo diferimento estimado de 20,4 bilhões de reais na arrecadação de tributos e pela retração econômica.

Já a despesa subiu 144,0% na mesma base de comparação, a 259,875 bilhões de reais. Nesse caso, as medidas de combate à crise somaram 96,8 bilhões de reais, com destaque para 44,7 bilhões de reais pagos a título de auxílio emergencial.

No primeiro semestre, o rombo nas contas públicas foi de 417,217 bilhões de reais, também recorde, contra déficit de 29,311 bilhões de reais em igual etapa de 2019. Em 12 meses, o déficit primário chegou a 483,9 bilhões de reais, equivalente a 6,71% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por causa do estado de calamidade pública, o governo não precisará cumprir neste ano a meta de déficit primário, de 124,1 bilhões de reais.

Em relatório de receitas e despesas na semana passada, a equipe econômica previu que o déficit primário do governo central será de 787,45 bilhões de reais em 2020, o maior já registrado.

Este será o sétimo ano consecutivo em que o país encerrará no vermelho, sem conseguir economizar para pagar os juros da dívida pública.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Em mensagem, o Tesouro voltou a defender a regra do teto de gastos num cenário de crescimento forte e inexorável da dívida pública brasileira.

"O endividamento crescerá de forma significativa neste ano, por isso é importante a ancoragem das expectativas para os próximos anos", disse o Tesouro, citando como fundamental a retomada do debate acerca do controle de despesas e flexibilização orçamentária por meio das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, dos Fundos e do Pacto Federativo.

O Tesouro defendeu que o teto de gastos é necessário para o controle do aumento de despesas e para garantir a sustentabilidade das contas públicas. Frisou ainda ser necessário que as discussões sobre despesas avancem para a avaliação da qualidade e focalização das políticas públicas, exemplificando que Abono Salarial e Benefício de Prestação Continuada (BPC) não necessariamente transferem renda para os mais pobres.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.