Por Cassandra Garrison
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os contratos futuros de milho de Chicago reverteram as perdas para fechar em alta nesta segunda-feira, devido às preocupações com os atrasos no plantio nos Estados Unidos, enquanto o trigo e a soja também tiveram ganhos.
O milho subiu no final da sessão com os traders especulando sobre as condições climáticas e os cronogramas de plantio das safras americanas, já que as temperaturas baixas permanecem nas Planícies do norte, disseram analistas.
"O milho se recuperou hoje, principalmente para a nova safra, com mais conversas sobre atrasos no plantio nas Planícies do norte e no Delta", disse Charlie Sernatinger, head de grãos da Marex Capital Markets.
Traders estão aguardando o relatório anual de intenções de plantio do Departamento de Agricultura dos EUA na sexta-feira. Analistas consultados pela Reuters, em média, esperam plantações de milho em 2023 em 90,880 milhões de acres, área de trigo em 48,852 milhões de acres e soja em 88,242 milhões de acres.
O contrato de milho mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) subiu 5,25 centavos a 6,4825 dólares por bushel, recuperando-se depois de cair para 6,37 no início da sessão.
A soja fechou com alta de 14 centavos a 14,4225 dólares por bushel, com uma reação após o contrato mais ativo atingir na sexta-feira 14,05 dólares, a menor cotação desde 31 de outubro.
O trigo soft vermelho de inverno vermelho ganhou 9,50 centavos para 6,98 dólares por bushel.
Os traders também estão avaliando as incertezas sobre o acordo de grãos do Mar Negro depois que o jornal de negócios russo Vedomosti informou na sexta-feira que Moscou poderia recomendar uma interrupção temporária nas exportações de trigo e girassol.
Fontes disseram mais tarde à Reuters que a Rússia não tinha planos de interromper as exportações de trigo, mas queria que os exportadores garantissem que os preços pagos aos agricultores fossem altos o suficiente para cobrir os custos médios de produção.
(Reportagem de Cassandra Garrison na Cidade do México, Mei Mei Chu e Rajendra Jadhav em Kuala Lumpur, Sybille de La Hamaide em Paris)