ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Grécia disse nesta quinta-feira que o país lançará drones e instalará sensores de temperatura florestal para melhorar o combate preventivo a incêndios, após críticas de ativistas climáticos sobre um fogo devastador que está queimando há quase duas semanas.
Um incêndio florestal na região nordeste de Evros, o mais mortal da Europa neste verão, continuou a arder pelo 13º dia nesta quinta-feira, depois de matar pelo menos 20 pessoas, destruir casas e meios de subsistência e queimar florestas exuberantes.
"Embora estivéssemos mais bem preparados do que em qualquer outro ano, enfrentamos uma combinação de incidentes sem precedentes", disse o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis ao parlamento, citando uma forte onda de calor em julho, a mais longa da Grécia em anos, e ventos excepcionalmente fortes.
Ele disse que as autoridades haviam iniciado medidas para adquirir mais de 100 drones para monitorar incêndios florestais em tempo real. Também há planos para instalar sensores de temperatura em sítios arqueológicos e em florestas de alto risco, enquanto cerca de 500 cientistas florestais e mais mil bombeiros serão contratados em breve, disse Mitsotakis.
Os ambientalistas que defendem uma ação internacional mais forte para conter as mudanças climáticas acusaram as autoridades gregas de gastar mais recursos na extinção de incêndios do que na prevenção.
Mitsotakis disse que dezenas de milhões de euros foram gastos na prevenção de incêndios florestais este ano, mas isso ainda não foi suficiente.
"A crise climática é um álibi para tudo? Não, não é", disse ele aos parlamentares, acrescentando que o aquecimento global ajudou a intensificar os incêndios florestais que, na maioria das vezes, foram iniciados por negligência humana ou incêndio criminoso.
(Reportagem de Angeliki Koutantou)
((Tradução Redação São Paulo))
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