Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O crédito de carbono será o grande mercado do século XXI, disse Plínio Ribeiro, CEO da Biofílica, em painel sobre o tema no evento Expert XP. Ribeiro ainda aponta que os mais otimistas esperam que esse mercado possa superar o de óleo e gás até 2050, em grande parte com o apoio da iniciativa privada.
Esse mercado se divide entre o regulado, que normalmente segue regras estabelecidas pelo governo ou entidades internacionais e trabalha com a permissão de emissão de CO²; e o voluntário, que surge de forma independente por parte das empresas e que costuma realizar a redução da emissão ou o sequestro dos gases na atmosfera, por meio do reflorestamento, por exemplo.
Ribeiro explica que as iniciativas voluntárias tomaram a dianteira na organização de estruturas e protocolos próprios no mercado de carbono, porque a regulamentação governamental depende de uma articulação internacional que leva mais tempo.
Marta Giannichi, Secretária da Amazônia no Ministério do Meio Ambiente que também participou do evento, concorda que acertar diferentes interesses e demandas de outros países faz com que o crescimento desse mercado seja mais lento. Assim, a posição oficial do atual governo é estimular que a iniciativa privada se organize para indicar os melhores caminhos e práticas a serem adotadas.
A crescente atenção de empresas brasileiras a temas relacionados ao meio ambiente faz com que o país se destaque na discussão dessa pauta, segundo defendeu Rebeca Lima, Diretora Executiva da CDP Latin America em sua fala no painel. Ela explica que as companhias nacionais estão se apropriando e ampliando a transparência sobre ações climáticas, se destacando em nível internacional.