O aumento da isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) anunciado pelo governo custará R$ 344,8 milhões a mais aos cofres públicos. Os cálculos são da Unafisco Nacional (União Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
A Unafisco publicou um relatório na última semana dizendo que brasileiros que ganham 2 salários mínimos por mês (R$ 2.824) não seriam isentos do IR. Pressionado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu aumentar a faixa de quem não precisará declarar ao Fisco. Antes, o teto de isentos do Imposto de Renda era de R$ 2.112. Com a medida, só pagará imposto quem recebe mais de R$ 2.824 por mês, com tributação de 7,5%.
A medida beneficiará 2.082.218 pessoas, segundo a Unafisco. O custo dessa diferença na isenção será de R$ 344,8 milhões. Ao todo, 13,6 milhões de pessoas ficarão isentas em 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na 2ª feira (22.jan.2024) que a equipe econômica ainda faz os cálculos oficiais de impacto e anunciará a medida ainda em janeiro.
Lula indicou na campanha eleitoral que aumentaria a isenção para R$ 5.000 de forma imediata. Depois de tomar posse, prometeu aumentar a isenção para R$ 5.000 de forma escalonada até 2026.