Por Giuseppe Fonte e Angelo Amante e Giselda Vagnoni
ROMA(Reuters) - A Itália aprovou nesta quinta-feira um novo pacote de ajuda no valor de cerca de 17 bilhões de euros (17,4 bilhões de dólares) para ajudar a proteger empresas e famílias do aumento dos custos de energia e dos preços ao consumidor.
A iniciativa, um dos últimos grandes atos do primeiro-ministro Mario Draghi antes de uma eleição nacional no próximo mês, soma-se a cerca de 35 bilhões de euros programados desde janeiro para amenizar o impacto dos custos altíssimos de eletricidade, gás e gasolina.
"Este pacote visa proteger a recuperação econômica da Itália diante de um ambiente internacional cada vez pior", disse Draghi a repórteres durante coletiva de imprensa após uma reunião do gabinete para aprovar as medidas.
"Estamos prontos para adotar novas medidas, se necessário", acrescentou.
Sob o pacote, Roma estendeu para o quarto trimestre deste ano medidas já em curso destinadas a reduzir as contas de eletricidade e gás para famílias de baixa renda.
Um esboço visto pela Reuters também mostrou que o governo estenderá um bônus de 200 euros pago em julho a italianos de baixa e média renda a trabalhadores que não o recebiam anteriormente.
Um corte nos impostos especiais de consumo sobre o combustível na bomba, programado para expirar em 21 de agosto, deve ser estendido até 20 de setembro.
Roma também está considerando impedir que as empresas de energia façam alterações unilaterais nos contratos de fornecimento de eletricidade e gás até abril de 2023, de acordo com o projeto.
Com as receitas fiscais tendo desempenho melhor do que o previsto, o financiamento do pacote não elevará a meta de déficit público, que o ministro da Economia, Daniele Franco, confirmou em 5,6% do PIB para neste ano.