ROMA (Reuters) - Os deslocamentos na Itália serão severamente restringidos nas próximas horas, anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte nesta segunda-feira, em um medida sem precedentes com o objetivo de combater o coronavírus no país mais afetado pela epidemia na Europa.
Conte disse a jornalistas que as medidas introduzidas há apenas dois dias na maior parte do norte do país já não seriam suficientes após um salto no número de mortes ligados à doença altamente contagiosa, e disse que o país inteiro precisava fazer sacrifícios para conter a propagação do vírus.
"A decisão certa hoje é ficar em casa. Nosso futuro e o futuro da Itália está em nossas mãos. Essas mãos precisam ser mais responsáveis hoje do que em qualquer momento antes", disse Conte.
Os 60 milhões de habitantes da Itália poderão se deslocar apenas a trabalho, por motivos médicos ou por emergências até o dia 3 de abril. Todas as escolas e universidades, que foram fechadas na semana passada em todo país até 15 de março, agora não serão reabertas antes do mês que vem.
A epidemia só foi descoberta na região próxima da capital financeira italiana, Milão, no dia 21 de fevereiro. Desde então, foram confirmados 9.172 casos e 463 mortes, colocando o sistema nacional de saúde sob gigantesca pressão.
Conte afirmou que qualquer reunião pública, incluindo encontros a céu aberto, serão proibidas e anunciou que todos os eventos esportivos, incluindo os jogos de futebol da liga principal do país, serão suspensas.
(Reportagem de Angelo Amante)