(Reuters) - O Bank of America (NYSE:BAC) reportou nesta quinta-feira uma queda de mais de 50% no lucro do segundo trimestre, mesmo reservando apenas cerca da metade que seus rivais separaram em provisões contra uma potencial inadimplência causada pela crise do coronavírus.
O lucro líquido aplicável aos acionistas ordinários caiu para 3,28 bilhões de dólares, ou 0,37 dólar por ação, no trimestre encerrado em 30 de junho, ante 7,11 bilhões, ou 0,74 dólar por ação, no ano anterior.
Analistas esperavam, em média, 0,26 dólar por ação de lucro ajustado, de acordo com a Refinitiv.
As provisões do banco incluem uma reserva de 4 bilhões de dólares para cobrir as perdas esperadas com empréstimos, uma vez que se preparou para a pior recessão em gerações causada pela pandemia de coronavírus.
Três dos maiores bancos dos EUA disseram na terça-feira que haviam reservado 28 bilhões de dólares em provisões, lembrando que parte das consequências econômicas da pandemia ainda estão por vir.
"Os fortes resultados do mercado de capitais forneceram um importante contrapeso aos impactos relacionados ao Covid-19 em nossos negócios de varejo", disse o presidente-executivo, Brian Moynihan, chamando o trimestre de "o período mais tumultuado desde a Grande Depressão".
O lucro líquido da unidade de mercados globais do banco teve alta de 81%, para 1,9 bilhão de dólares.
A margem financeira (NII), que mede quanto os bancos podem ganhar com suas atividades de empréstimo, foi pressionada pela pandemia, conforme o Federal Reserve dos EUA reduziu as taxas de juros para níveis próximos de zero.
O NII do banco caiu 11%, para 10,8 bilhões de dólares.
O Bank of America é especialmente vulnerável a movimentos na taxa de juros por causa da composição de seu carteira.
(Por Noor Zainab Hussain em Bengaluru e Imani Moise em Nova York)