Por Lisandra Paraguassu e Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que vai ter "quantas conversas forem necessárias" para garantir a aprovação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados em fala após anunciar os nomes dos cinco primeiros ministros do seu governo.
"Já ouvi boato que a PEC vai ter problema na Câmara dos Deputados, eu não acredito, eu farei quantas conversas forem necessárias para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados da mesma forma que foi aprovada, de forma extraordinária, por 64 votos no Senado", disse Lula, em resposta a uma pergunta no CCBB de Brasília, sede do governo de transição.
"Espero que as pessoas compreendam que essa A PEC não é para o governo Lula, essa PEC é para fazer o reparo no Orçamento do governo Bolsonaro e é para que a gente possa garantir o mínimo necessário para as pessoas mais necessitadas deste país, o mínimo necessário para a saúde, o mínimo necessário para o Minha Casa Minha Vida, o mínimo necessário para o Farmácia Popular e o mínimo necessário para que a gente possa começar a cuidar do povo brasileiro", reforçou Lula.
A PEC foi aprovada no Senado nesta semana e segue para a análise da Câmara. Se os deputados mantiverem o texto apoiado pelos senadores, ele vai para a promulgação. Do contrário, terá de voltar para apreciação do Senado.
Ao se referir à PEC, o presidente eleito disse que já conversou duas vezes com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assim como outras duas vezes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, se for preciso, vai conversar "dez vezes" com os envolvidos.
Lula disse ainda que espera que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajude nas negociações da tramitação da PEC.