BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido apresentado pelo PDT de afastar o ministro da Economia, Paulo Guedes, até a conclusão de investigações pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, principalmente pela força-tarefa da operação Greenfield, sobre supostas fraudes em fundos de pensão.
A decisão de Marco Aurélio foi de arquivar o pedido por um motivo técnico, de que deveria ter sido adotado outro meio para supostamente sanar o ato irregular.
O PDT havia pedido na quarta-feira uma liminar do STF para afastar Guedes com a alegação de que, antes de assumir como ministro, pesava contra Guedes investigações acerca de fraudes em fundos de pensão, “o que denota nítido desvio de finalidade e inconteste acinte aos princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade administrativa”.
Em nota, a defesa do ministro disse que "ficou evidente o abuso do partido, ao tentar fazer um pedido descabido, desleal e sem qualquer lastro na realidade dos fatos, com o único objetivo de desestabilizar a economia do país".
"É importante registrar, mais uma vez, que Paulo Guedes foi duas vezes inocentado pela CVM e que os fundos administrados por sua gestora antes de assumir o ministério deram lucro aos fundos de pensão que neles investiram", afirmaram os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.
(Reportagem de Ricardo Brito)