Por Cassandra Garrison
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho de Chicago fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira devido à demanda de exportação dos EUA, enquanto o trigo perdeu terreno com a pressão da ONU por uma extensão do acordo de grãos do Mar Negro, disseram analistas.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) fez seu terceiro anúncio consecutivo de vendas de milho da safra norte-americana antiga para a China, totalizando 1,92 milhão de toneladas em três dias.
Alguns traders esperam que o USDA reporte vendas de outras 600 mil toneladas ou mais de milho dos EUA antes do final da semana.
As vendas de milho para a China não disparavam em dias consecutivos desde maio de 2021, e o último "flash" de milho para a China antes desta semana foi registrado em agosto.
O trigo caiu, disseram analistas, com apoio da ONU à Turquia e Ucrânia ao pedir uma prorrogação de 120 dias de um acordo que permite a exportação segura de grãos de vários portos ucranianos no Mar Negro. A Rússia disse que só estenderia o pacto por 60 dias.
"Parece que o acordo com o Mar Negro está concluído. É apenas 60 ou 120 dias", disse Craig Turner, corretor de commodities da Daniels Trading.
A soja reverteu as perdas anteriores e terminou em alta com as esperanças de vendas dos EUA para a China, disseram traders. A Argentina também reduziu sua estimativa de produção de soja para a safra 2022/2023 para 25 milhões de toneladas, ante 29 milhões de toneladas anteriormente.
O contrato de milho mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) subiu 6,25 centavos a 6,3275 dólares por bushel.
O trigo fechou em queda de 3,75 centavos a 6,99 dólares por bushel. A soja subiu 2,25 centavos a 14,9150 por bushel, depois de cair para 14,78 dólares, o nível mais baixo do contrato desde 28 de fevereiro.
(Reportagem de Cassandra Garrison em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)