BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira que os 500 milhões de reais adicionais para o seguro rural negociados com o Ministério da Fazenda são tratados como "prioridade total" pelo governo, informou a Agência Câmara de Notícias.
Segundo o ministro, que participou de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara nesta quarta, o montante reservado no Orçamento para este ano já foi utilizado em sua quase totalidade, mas, devido aos eventos climáticos e ao aumento do preço de apólices, se faz necessário o incremento de 500 milhões de reais.
"Não podemos fechar o ano sem aportar, pelo menos, mais 500 milhões para o seguro rural. É prioridade total, e não há nenhuma insensibilidade do governo com relação a isso", disse Fávaro, segundo a agência.
Na audiência, o ministro disse ainda que o governo está aberto à discussão sobre o trabalho temporário no campo para beneficiários do Bolsa Família, de modo que eles possam trabalhar durante a colheita sem perder o auxílio.
"O trabalhador temporário não quer carteira assinada, porque ele vai perder o Bolsa Família. Isso leva o empresário, que precisa da mão de obra, à ilegalidade. Nós não queremos isso, o governo está aberto", afirmou.