Por Emma Farge e Philip Blenkinsop
GENEBRA/BRUXELAS (Reuters) - Oito candidatos, do México à Moldávia, irão disputar o mais elevado posto na Organização Mundial do Comércio (OMC), buscando convencerem seus 164 membros de que podem conduzir o órgão em meio à intensificação das tensões comerciais globais e do crescente protecionismo.
Uma enxurrada nas 24 horas finais acresceu três nomes na disputa para substituir o brasileIro Roberto Azevêdo, que deixará o posto ao fim de agosto, um ano antes do esperado.
Com três dos seis últimos diretores-gerais provenientes da Europa e os outros da Tailândia, Brasil e Nova Zelândia, a pressão está aumentando para escolher um líder da África.
No entanto, o continente não se uniu em torno de um único nome, apresentando três candidatos: do Egito, Quênia e Nigéria. Os outros são do Reino Unido, México, Moldávia, Arábia Saudita e Coreia do Sul.
A OMC também nunca teve uma diretora. Três que estão na disputa são mulheres.
Todos os oito devem se apresentar ao conselho geral de embaixadores na próxima semana, antes de um período não especificado de campanha.
"É como eleger um papa. É um processo de consenso", disse Hosuk Lee-Makiyama, diretor instituto de pesquisa ECIPE.
O processo normalmente leva nove meses, mas a OMC agora quer fazê-lo em três.
(Por Emma Farge e Philip Blenkinsop. Reportagem adicional de Ayenat Mersie em Nairobi)