NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de cacau de Nova York na ICE fecharam em queda nesta quarta-feira, com uma recuperação nas vendas do produtor ajudando a interromper a recente alta nos preços, enquanto o açúcar bruto e café também caíram.
Cacau
* O cacau de maio de Nova York fechou em queda de 21 dólares, ou 0,7%, a 2.880 dólares a tonelada, depois de atingir o pico na segunda-feira a 2.923 dólares --seu nível mais alto para o primeiro vencimento desde dezembro de 2020.
* Operadores disseram que houve uma recuperação nas vendas dos produtores após a alta nos preços e que o mercado parecia prestes a se consolidar no curto prazo.
* A recente alta foi impulsionada em parte pela escassez de oferta, particularmente na Costa do Marfim, maior produtor.
* O cacau de maio de Londres caiu 20 libras, ou 0,9%, para 2.121 libras por tonelada.
Açúcar
* O açúcar bruto de maio caiu 0,06 centavo, ou 0,3%, a 21,25 centavos de dólar por libra-peso.
* Operadores disseram que o mercado está acompanhando de perto o início da colheita na importante região centro-sul do Brasil, com o progresso inicial esperado para ser mais rápido do que na temporada passada, já que o tempo secou.
* Safras abaixo do esperado na Índia, Tailândia e União Europeia continuaram sustentando os preços.
*O açúcar branco de maio subiu 2,20 dólares, ou 0,4%, para 618,40 dólares a tonelada.
Café
* O café robusta de maio caiu 15 dólares, ou 0,7%, para 2.170 dólares a tonelada.
* A alta recente, que estreitou seu desconto para o arábica, foi impulsionada pela forte demanda em um cenário de oferta restrita, com embarques do principal produtor, o Vietnã, ficando atrás do ritmo do ano passado.
* "Como a variedade mais barata (robusta) normalmente resiste melhor em relação à sua contraparte em uma recessão, isso não é totalmente surpreendente", disse o Rabobank em um relatório, referindo-se à força relativa dos preços do robusta.
* O café arábica de maio caiu 4,05 centavos, ou 2,3%, para 1,697 dólar por libra-peso, a menor cotação em dois meses.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)