Por Jessica Resnick-Ault
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo atingiram máximas de dois meses nesta quarta-feira devido à oferta apertada, já que os estoques nos Estados Unidos, o maior consumidor do mundo, caíram para o menor nível desde 2018, com o dólar enfraquecido e as preocupações diminuídas em relação à variante Ômicron.
Os estoques de petróleo dos EUA recuaram 4,6 milhões de barris na semana passada, para 413,3 milhões de barris, a mínima desde outubro de 2018, informou a Administração de Informação de Energia (AIE). Analistas previam em uma pesquisa da Reuters uma queda de 1,9 milhão de barris.
"A extração de petróleo foi maior do que o esperado, apesar de uma queda significativa na atividade de refino", disse Matt Smith, analista-chefe de petróleo para as Américas da Kpler, uma empresa de dados.
O petróleo Brent fechou em alta de 0,95 dólar, ou 1,1%, a 84,67 dólares o barril. O petróleo dos EUA (WTI) subiu 1,42 dólar, ou 1,8%, a 82,64 dólares.
A queda do dólar foi o principal impulsionador dos preços mais altos do petróleo, superando até mesmo a questão da AIE, disse Smith, da Kpler. Um dólar mais fraco torna os contratos de petróleo denominados em dólar mais baratos para detentores de outras moedas.
(Reportagem de Sonali Paul em Melbourne e Koustav Samanta em Cingapura, Noah Browning e Shadia Nasralla em Londres)