BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Roberto Ziulkoski, defendeu, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira a alta gradual da alíquota incidente sobre a folha de pagamentos dos municípios.
"Nós estamos sugerindo, a partir desse próximo ano, começar a elevar a alíquota dos municípios de 8%, subir para 10%, subir para 12%, subir para 14% e talvez termine em 14% ou 15%, que é a mesma alíquota que tem, pela Constituição, os regimes próprios", afirmou em entrevista após a reunião.
Segundo o presidente, Haddad recebeu a proposta de forma positiva, mas discordou sobre o período de tempo.
O governo sofreu um revés na semana passada com a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de excluir elementos da reoneração da folha salarial dos municípios ao prorrogar por mais 60 dias a Medida Provisória 1.202, editada pelo governo no fim do ano passado para, entre outros fins, revogar a desoneração para 17 setores da economia e dos municípios.
Na semana passada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou Haddad a tocar as negociações sobre o tema, indicando que espera um "entendimento" para breve.
(Reportagem de Victor Borges)