Por Paul Sandle e Martin Coulter
BLETCHLEY PARK, Inglaterra (Reuters) - O Reino Unido reunirá governos, universidades e empresas que trabalham na vanguarda da inteligência artificial, nesta quarta-feira, na primeira Cúpula de Segurança de IA, para debater como, e até mesmo se, os riscos da tecnologia podem ser contidos.
A reunião é uma ideia do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que deseja estabelecer um papel para o Reino Unido como intermediário entre os Estados Unidos, a China e a União Europeia.
A lista de 100 convidados inclui líderes mundiais, executivos de tecnologia como o chefe do ChatGPT, Sam Altman, e Elon Musk, e acadêmicos, para um evento que será realizado no Bletchley Park, lar dos decifradores de códigos britânicos da Segunda Guerra Mundial, na quarta e quinta-feira.
Os céticos têm questionado o grau de influência que o Reino Unido pode exercer quando os EUA, o G7 e a UE estão promovendo outras iniciativas, algumas das quais são avançadas.
Mas a cúpula, que se concentra em modelos de uso geral altamente capazes chamados de "IA de fronteira", atraiu a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o vice-ministro de tecnologia da China; e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
A ministra de tecnologia do Reino Unido, Michelle Donelan, disse que "as pessoas certas com a experiência certa" estariam à mesa para discutir como mitigar os riscos da IA.
A China será um participante importante, dado o papel do país no desenvolvimento da tecnologia de IA, embora alguns parlamentares britânicos tenham questionado se o país deveria ter sido convidado.
Harris fará um discurso em Londres nesta quarta-feira para definir os esforços do presidente Joe Biden em estabelecer parâmetros em torno da IA, à medida que ela ganha rapidamente em capacidade e popularidade em um ambiente de regulamentação, até agora, limitada.
Na agenda estão tópicos como a forma como os sistemas de IA podem ser usados por terroristas para construir armas biológicas e o potencial da tecnologia para ser mais inteligente que os humanos e causar estragos no mundo.